terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Antiguinha...mas adoro.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Controle

Em algum momento da vida, seja ela qual for, acordamos para a realidade. Uns acordam rápido, outros demoram mais, mas todos um dia vão acordar e ver a vida em outros tons e sons. Passamos boa parte da infância, adolescência e, muitas pessoas, parte da vida adulta sonhando demais, imaginando demais e muitas vezes não nos atemos à vida real, ao instante que realmente existe.

Li a pouco tempo uma coisa que nunca havia pensado "vivemos presos eternamente no presente" e estranhamente me assustei com essa revelação. Embora pareça ser, e ao contrário do que pensa quem lê, não reconheço aqui uma vida de ilusão e que acabei de acordar, pelo contrário, reconheço um estado de sempre realidade, que tem me cansado bastante ultimamente. Não ando tendo paciência. Ando fugindo de ter que sorrir pra quem não quero, de falar com quem não quero. Me cansa essa busca incessante das pessoas de sempe procurarem um problema, um questionamento para haver uma discussão, onde nesse lugar podia haver muitas coisas bacanas. Me cansa muito, gente que se faz de esperta pra se aproveitar das situações, mas que passaram a vida toda fazendo isso e repetem em ciclo em cima de quem estiver no caminho. Às vezes dá vontade de quebrar os ciclos todos que encontro nessa vida...rs.

Odeio repetir isso: "é óbvio que não sou dona da verdade", porque cada um acredita na sua. Adoro a idéia de, quem ler, ficar tentando encaixar minhas palavras nas situações que desejar e acabar buscando aqui um novo problema pra discutir...rs.

Não posso fazer absolutamente nada em relação ao que já passou e estou vivendo o hoje para garantir um futuro inesperado... absolutamente inesperado. O que quero dizer com tudo isso é que quando se cai na real, a gente percebe que ninguém tem um controle absoluto de nada e nunca vamos ter, controlamos parte da nossa vida, mas boa parte dela, em cadeia, pertence às pessoas em nosso caminho. Se você pensar:"- Mentira, eu controlo tudo", me desculpe, mas algo está errado aí. Temos escolhas, mas como disse antes, em cadeia ela tem consequências e isso nos faz responsável por nós e co responsável por todos à nossa volta e vice-versa é claro. Deus, ou seja lá o que você acredita que tenha criado essa rede de trocas, fez tudo com uma inteligência assustadora, onde tudo contribui para que não sejamos "filhos da puta" (...rs) uns com os outros. Porque quando somos, parece que boa parte dessa rede de pessoas são atingidas, como que igual a um terremoto que vai se espalhando e enfraquecendo, mas fazendo um estrago enorme principalmente pra quem está próximo do "epicentro"...rs. Sempre tentei entender a vida, observar ser humano. Adoro conversar, ao contrário do que possa parecer pra algumas pessoas que certamente mal me conhecem, mas perceber certas artimanhas nossas para sobreviver e se dar bem, têm me entristecido bastante. Eu ainda me surpreendo muito, mesmo quando as surpresas vêm de pessoas que já não se espera muito.

Sou absolutamente coberta de defeitos e sei que vou errar muuuito nessa vida, mas existem coisas que sou absolutamente incapaz de fazer. Incapaz não sei se é a palavra, acho que impontente é uma boa palavra, pois não é definitiva. Porque capacidade todos temos pra tudo, mas nosso caráter é determinante nessas horas que nos torna impotentes diante de uma escolha que vai contra esse caráter.

O mais maluco dessa coisa de terremoto é que parece que eles me atingem sempre quando estou num ótimo momento, num momento de sonho, de imaginação e de expectativa. Pensando friamente, parece ser mais uma artimanha do criador da coisa, que nos prepara para guentar os tremores antes deles virem, só pragarantir que a gente aguentaaa.

* PS.: Isso são pensamentos, mutáveis, porque opiniões devem mudar sempre diante de argumentos melhores e mais lúcidos. Algumas coisas podem ter sido vividas por mim, outras observando a vida alheia. Não se magoe por se encaixar em algum esteriótipo citado, tudo isso tem algo de crônica e algo de real.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Encontro marcado

“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar”, - Fernando Sabino - Encontro Marcado.

Não importa o encontro, mas o caminho até chegar à ele. Não sou mais tão pontual quanto antes, me atrasei.

Fui não por ansiedade ou esperança, mas sim pelo ritual e por saber que promessas não são feitas para os outros e sim para nós mesmos e essas são as mais verdadeiras promessas. Molhada de chuva de verão, brindei o dia "sozinha em meio à multidão", com uma coca-cola gelada. Foi a melhor coca-cola dos últimos 9 anos. Sim eu continuo bebendo coca-cola, mas não me arrependo de nenhuma delas, assim como não me arrependo de muitas coisas nesses anos todos. Vivo intensamente à minha maneira e esse encontro me serviu de ponto de partida para repensar a vida, fazer um balanço e continuar.

Não tive, ao contrário do que se pensa, nenhuma má lembrança, ri bastante inclusive. Só as lembranças boas me vieram à tona e isso me fez bem porque é a média de um período de vida, que foi feliz, carinhoso e verdadeiro, mas que chegou num tempo de abdicação. Sempre disse que quem ama é capaz de abdicar disso para ser e fazer o outro feliz, para que se possa seguir, cada um seu caminho tranquilo e em paz.

Daqui a mais 10 anos, espero continuar me orgulhando da minha "pequena, mas enorme" vida.